O instante é a poesia do tempo…
=Dom
O instante é a poesia do tempo…
=Dom
Tucano = Youpipe
=Dom
A pluralidade é mesmo algo singular…
=Dom
Quando entro em uma livraria
tenho a clara sensação que me
sobram verbos e me faltam verbas…
=Dom
“Foice” o tempo…
=Dom
Sempre que vejo um cavalinho trotando
lembro da história de José no Egito:
“Potifar, Potifar, Potifar…”
=Dom
Antes que o mundo acorde,
bem pela manhãzinha,
a cidade iluminada
mais parece um pinheirinho
de natal que tombou no chão…
=Dom, JJ3100
No jantar de meus trinta anos
Comi com assombro a tristeza
Que me serviste num prato
Sorvi cada gota de tua incerteza
E limpei minha boca nas mangas
Duma razão rota e desafetada
No jantar de meus trinta anos
Não tive fome
Não tive sede
Nem tive nada
Comi, bebi, chorei
E depois fui dormir
perguntando de que valeram
os muitos versos que compus
Nos meus trinta anos jantei sozinho
E não havia ninguém para lavar os garfos
ou raspar a gordura das panelas
Nos meus trinta anos jantei sozinho
E nem todos os galos do mundo
Me fariam acreditar no amanhecer
No jantar de meus trinta anos
Havia os poemas e era tudo o que havia
(…)
Era tudo o que havia
No jantar de meus trinta anos
=Dom
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3h55, Ribeirão Preto, no jantar de meus 30 anos
A casa se fez silente
tão logo teu canto cessou
Em respeito à tua lembrança
trajaram-se de negro a mesinha,
o sofá e a estante dos livros
Em respeito à tua lembrança
não declamei poesia nem desejei existir,
vesti-me de preto à combinar com o resto da mobília
Em respeito à tua lembrança
afoguei na piscina o gato
e fiz um tapete do cão Labrador
Fiz um buraco no canto da sala;
Enterrei os restos do frango do almoço;
Quis ser os restos do frango do almoço;
Quis ser o buraco no canto da sala;
Quis ser o gato rijo afogado;
Quis ser o cão feito em tapete;
Quis ser a casa de negro vestida;
Quis ser a morte da tua canção…
Em respeito à tua lembrança
ficamos sós, eu, a triste casa enlutada
e tua incomparável ausência.
=Dom
Jamais alguém se atrasou num poema.
Nos poemas, como decretou Moraes,
os verbos se conjugam em “quando”…
=Dom, #461
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Sobre rodas a poesia faz mais sentido…